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Gostava de viver num palacete no centro de Lisboa?

Atualizado: 6 de nov. de 2023

Palacetes urbanos localizados no centro de Lisboa, imóveis de Interesse Público ou até uma antiga quinta com ligações a Inês de Castro. A Quintela+Penalva, parceira da Knight Frank desde 2021, tem no seu portefólio atual casas que são parte integrante do legado histórico nacional.

palacete urbano situado na Rua da Junqueira

A começar pelo palacete urbano situado na Rua da Junqueira, em Lisboa, mais concretamente entre a Cordoaria Nacional e o antigo Palácio dos Marqueses de Angeja, muito próximo da Zona Ribeirinha de Belém. Construído no início do século XX, é um exemplar de Arte Nova que permanece de pé. O imóvel, referenciado enquanto palacete num levantamento feito pela Câmara Municipal de Lisboa em 1991, conserva ainda muitas das características que o dotam de um estilo eclético: das fachadas adornadas com arcos decorativos às varandas em ferro forjado, e ainda a escadaria de madeira com guardas estilizadas e geométricas, estas últimas características do movimento Arte Nova da Escola de Glasgow.


A moradia que é retrato de outros tempos, com uma área bruta de construção de 507 m2 e um terreno de 268 m2, foi habitada até 2020. Atualmente a necessitar de obras, está à venda, com um projeto de reabilitação da autoria do arquiteto António da Costa Lima, incluído.


 

Não muito longe da capital encontra-se outro palacete, um t10 construído no início do século XIX, em Sintra. Totalmente remodelado, goza de uma localização privilegiada na famosa vila e prima por uma história peculiar: o palacete ficou até aos dias de hoje conhecido como Casa Italiana, precisamente por ter sido concebido com o contributo de um arquiteto italiano de grande prestígio à época. No edifício semicircular foram adicionados frescos, com presença tanto no exterior. como no interior, pintados por artistas italianos. Ao todo, são 1320 m2 de área bruta privativa, à qual se soma um lote de terreno de 2283 m2 – o palacete é composto por um edifício principal que se distribui por três pisos.


A casa em questão é uma de duas edificadas na Quinta do Saldanha, mandada construir no ano de 1830 pelo Marquês de Saldanha, neto do Marquês de Pombal, primeiro-ministro do Rei D. José I.

 

Um pouco mais longe da capital e já a chegar à Nazaré, a viagem no tempo é ainda maior: a Quinta do Campo, datada do século XIII, é o único exemplar em Portugal da arquitetura medieval das quintas cistercienses, sendo que é o exemplar que está mais bem conservado em toda a Península Ibérica. Além disso, desde 2005 que ostenta a seguinte classificação: Imóvel de Interesse Público Nacional.


Foram várias as intervenções realizadas ao longo dos séculos. Hoje a Quinta do Campo é um espaço habitacional com uma componente agrícola muito forte. Inserida num lote de terreno com cerca de 64.000 m2, a quinta está dotada de uma casa principal com onze suites e nove quartos. Existem ainda oito apartamentos, um salão de conferências, uma adega, com celeiro por cima, e um amplo pátio central.


 

Igualmente classificada como Património de Interesse Público, desde 1943, a Quinta do Senhor da Serra, em Belas, no concelho de Sintra, dá guarida ao Paço Real deBelas. A origem do paço remonta ao século XIV, sendo que o mesmo foi confiscado a Diogo Lopes Pacheco pela sua ligação à morte de D. Inês de Castro e utilizado por D. Pedro I como sua residência. Alguns dos vestígios medievais, como as abóbadas manuelinas e as janelas renascentistas, permanecem até hoje. Deste imóvel fazem ainda parte a Capela do Senhor da Serra, o obelisco setecentista, e duas fontes, na sua maioria monumentos em estado de ruína.



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