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Tao Te Ching de Lao Tzu

Lao Tzu foi um dos mais importantes filósofos da China Antiga e uma personagem-chave na cultura chinesa. Contemporâneo de Confúcio, presume-se que tenha vivido por volta do século VI a. C. Foi fundador do taoismo, sendo autor do livro Tao Te Ching, obra que continua a inspirar milhões de leitores. Ursula K. Le Guin interpreta o livro que acompanhou a vida toda. Preço: 14,95 €.



«Tenho o livro, agora com 98 anos, a certa altura ornamentado com fita adesiva vermelha para conservar a parte de trás, tendo marcado os capítulos que gostaria que fossem lidos no meu funeral. Nas Notas, explico porque tive tanta sorte em descobrir Lao Tzu nesta particular edição. Aqui, direi apenas que tive sorte em descobri‑lo tão nova, de modo a poder viver com este livro toda a minha vida. O Tao Te Ching está parcialmente em prosa e parcialmente em verso; mas, tal como definimos poesia agora, não pela rima e pela métrica, mas como uma intensidade modelar da linguagem, tudo aquilo é poesia. Quis captar essa poesia, a sua concisa e estranha beleza. A maioria das traduções captaram sentidos na sua rede, mas, prosaicamente, deixando a beleza passar despercebida. Ora, na poesia, a beleza não é um ornamento, é o sentido. É a verdade. Sei‑o de fonte segura. As traduções académicas do Tao Te Ching como um manual para governantes usam um vocabulário que enfatiza a singularidade do «sábio» taoista, a sua masculinidade, a sua autoridade. Esta linguagem ficou perpetuada, e degradada, nas versões mais populares. Quis um Livro da Via acessível a um leitor atual, não sábio, não poderoso e porventura não masculino, que não busca segredos esotéricos, mas está à escuta de uma voz que fala à alma. Gostava que esse leitor visse por que é que as pessoas amaram o livro durante 2500 anos. É o mais adorável de todos os grandes textos religiosos: divertido, intenso, generoso, despretensioso, indestrutivelmente provocatório e inesgotavelmente refrescante. De todas as nascentes profundas, esta é a mais pura água. Para mim, é também a nascente mais profunda.», Ursula K. Le Guin


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