A Casa das Letras edita na próximo dia 28 de março, a versão portuguesa de “A Cook’s Tour, Em Busca da Refeição Perfeita”, do chef norte-americano Anthony Bourdain (1956-2018), um dos autores internacionais da área da gastronomia mais vendidos, que amava viajar quase tanto como cozinhar.
Inspirado por duas perguntas “Qual será a refeição perfeita?”, “De onde vem a comida?” iniciou uma busca pelo seu santo graal culinário e, no processo, virou do avesso a noção de "perfeição".
“A escrita deste livro foi a maior aventura da minha vida. Cozinhar profissionalmente é difícil. Viajar pelo mundo, escrever, comer e fazer um programa de televisão é relativamente fácil”, escreve Bourdain na introdução de um livro, editado originalmente em 2001, nos Estados Unidos, que começa em Portugal com uma matança de um porco, após a descoberta que se trata de “um país com muita coisa boa para comer” e “que foi o início de tudo...”. “Em Portugal comecei a notar as coisas que faltavam na experiência gastronómica norte-americana. Os grupos de pessoas a comerem juntas, a família reunida à volta da mesa, a valorização feroz dos pratos tradicionais, a crueldade de viver paredes meias com os animais que vão servir-nos de alimentos.”
Da Califórnia ao Camboja, passando por França, Marrocos, Japão e Vietname, Bourdain faz a crónica das aventuras imprevisíveis, à procura de comida verdadeira, autêntica e fresca, sem qualquer medo de se juntar aos locais e comer como estes. Não importa qual é a especialidade da casa, sejam os testículos de cordeiro em Marrocos, o coração palpitante de uma cobra no Vietname, haggis na Escócia ou nattō no Japão.
Chef de cozinha, autor, apresentador de televisão e contador de histórias, Anthony Bourdain nasceu em Nova Iorque em 1956 e morreu no dia 8 de junho de 2018. Famoso por ter percorrido o globo no seu programa televisivo de aventuras culturais e culinárias "Anthony Bourdain: No Reservations", ficou também conhecido pelo seu livro "Cozinha Confidencial - Aventuras no Submundo da Restauração". Foi de forma notória que se estabeleceu como chef, viajante profissional, bête noir, defensor, crítico social e entusiasta de carne de porco, sendo reconhecido pelo seu sentido de humor cáustico por todo o mundo. Era tão pouco generoso com as coisas que odiava, como evangélico com as suas paixões: viajar, comer e experimentar pratos desconhecidos e internacionais. Trabalhou como chef-executivo na Brasserie Les Halles. Na revista The New Yorker publicou a sua exposição contundente de restaurantes de NYC, «Don’t Eat Before Reading This», através de críticas incríveis.
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