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As Enviadas Especiais: a história de seis mulheres que estiveram na II Guerra Mundial

A Casa das Letras edita na próxima terça-feira, 21 de fevereiro, “As Enviadas Especiais”, biografia de seis mulheres extraordinárias que estiveram na linha da frente na II Guerra Mundial.



Entre 1939-1945, os jornalistas cobriam os acontecimentos no teatro das operações e as poucas mulheres que por lá andavam travavam também a sua própria batalha. Lutavam pelo direito a trabalhar em igualdade de condições com os homens e serviam-se de doses invulgares de bravura, determinação e criatividade para vencer restrições e combater preconceitos.

“As Enviadas Especiais” conta as histórias heróicas e recheadas de peripécias de seis dessas extraordinárias pioneiras:

Martha Gellhorn conseguiu a ‘cacha’ do Dia D – foi a única mulher a desembarcar em Omaha Beach disfarçada de enfermeira - para grande irritação do marido, o escritor Ernest Hemingway, depois de viajar clandestina num navio da Cruz Vermelha. Tal como quando foi dos primeiros jornalistas a entrar num campo de extermínio nazi.


Lee Miller foi uma deslumbrante modelo da Vogue que se tornou correspondente de guerra e fez questão de conhecer o apartamento de Hitler em Munique após a derrota germânica. Sigrid Schultz escondeu a ascendência judia, arriscando a própria vida, para denunciar as atrocidades nazis, fazendo reportagens na Alemanha e denunciando ao mundo os planos do III Reich.


Virginia Cowles foi uma jornalista cor-de rosa que percorreu os campos de batalha da Guerra Civil de Espanha, e Clare Hollingworth acabou por ser a autora do «furo do século» depois de noticiar em primeira mão o início da guerra na fronteira da Alemanha com a Polónia. Helen Kirkpatrick esteve nos bombardeamentos de Londres, na invasão de Itália e na libertação de Paris, tendo sido a primeira repórter a conseguir os mesmos direitos que os homens numa zona de combate controlada pelos Aliados.


“Apesar da sua relutância em serem tratadas como um caso à parte, as conquistas destas seis correspondentes não devem ser separadas da sua experiência de vida como mulheres. A história da segunda guerra mundial, como as histórias de todas as guerras, tem sido sempre contada por, para e acerca de homens, e a história de como este pequeno grupo de mulheres jornalistas abriu caminho até às zonas de combate na Europa e no Norte de África constitui uma correção importante a essa narrativa. Nas notícias que enviaram das zonas de combate, nas suas memórias, diários e cartas, Sigrid, Martha, Virginia, Clare, Helen e Lee não só estavam a escrever a sua versão da história, uma história que era a delas, mas também uma versão informada pela realidade de ser mulher, e contada por vozes de mulheres."

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