Esta será a sétima edição e acontecerá entre 10 e 19 de março e promete dar o habitual protagonismo aos ouriços-do-mar, mas inovando na forma de os apresentar: oficinas de ciência, mostra gastronómica, seafood court, show cookings e muitas provas num evento aberto a todos – fãs de gastronomia, interessados pela vida do mar ou simplesmente curiosos.
Se a Ericeira deve o nome ao ouriço-do-mar, agradece-lhe condignamente ao ser o palco privilegiado de um dos eventos gastronómicos mais conceituados na zona de Lisboa. Organizado pelo consultor internacional Nuno Nobre e a Câmara Municipal de Mafra, a 7ª Edição do Festival Internacional do Ouriço-do-Mar realiza-se entre os dias 10 e 19 de março para dar a conhecer e a provar aquele que já é considerado o “caviar de Portugal”.
Consultor internacional Nuno Nobre
Além de uma Mostra Gastronómica que decorrerá em 25 restaurantes da região, parceiros do evento, as várias atividades do festival decorrerão no Mercado Municipal da Ericeira. Destaque aqui para uma das grandes inovações desta edição: a realização nos dois sábados do evento – dias 11 e 18 de março –, entre as 10h e as 12h, das Oficinas de Ciência. A manhã de dia 11 terá como tema Ouriço-do-Mar: Ouriceira 23 e será uma aula prática (haverá um aquário com ouriços e amostras de rações para os alimentar, por exemplo) sobre os desafios que se colocam à criação de ouriços com base em estudos realizados pelo MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente. No dia 18 de março irá falar-se de Ouriço-do-Mar: Ecologia na Praça e, juntando as investigações do MARE e os conhecimentos dos projetos Ouriceira, proporcionará a quem estiver presente extensa informação sobre a espécie: por que partes é composto um ouriço? Quanto mede? Como cresce? Qual a sua dieta?
12 showcookings
Durante as tardes dos dois fins de semana do festival, é tempo de aprender a preparar (e provar, claro!) a iguaria. Serão realizados 12 showcookings (3 por dia) que, além da grande estrela do evento, o ouriço, incluirão produtos locais e terão cervejas artesanais e vinhos da região a acompanhar.
Além da oportunidade de degustar ouriços acabados de abrir na Ouriçaria – é a possibilidade de observar como reconhecidos chefs, nacionais e internacionais, e escolas especializadas (Escola do Mar dos Açores e Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril) preparam e servem ouriços. Entre os chefs, há que referir a presença do grego Athanasios Kargatzidis, do Costa Fria (Ericeira) e do Baron (Líbano), que se encontra em 16º lugar no 50 Best Restaurants Middle East & North Africa, Tony Salgado do Hotel Pestana Palácio do Freixo, a peruana Valéria Olivari (Las Cholas), Bertílio Gomes da Taberna Albricoque e Paulo Morais do Kanazawa, recentemente premiado com uma estrela Michelin.
Um festival onde, como já vai sendo hábito, se une a divulgação da urgência de entender para preservar o ecossistema marinho (e tudo o que ele nos dá) ao mero prazer de provar várias formas de “vestir” os ouriços de sabor sem nunca lhes retirar a essência, pela mão de quem sabe. E porque a época alta dos ouriços não se encerra em março, Em Abril Ouriços Mil, uma iniciativa da Ouriçaria, posterior e complementar ao festival, que vai colocar ouriços nas mãos de conceituados chefs, portugueses ou não, naquilo que se irá designar como Sea Urchin Signature Sessions, jantares exclusivos que prometem elevar o sabor único a mar do ouriço.
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