A adolescência é a fase da intensidade, onde os jovens passam por diversas mudanças e descobertas, entre elas o amor. A psicóloga Catarina Lucas sugere algumas dicas para que as famílias saibam como lidar com o namoro dos filhos na fase da adolescência.
Mas qual deverá ser o envolvimento dos pais no relacionamento dos filhos quando vários estudos concluem que essa intervenção terá grande impacto na qualidade desses relacionamentos? No âmbito do mês do amor, a psicóloga Catarina Lucas deixa algumas dicas, onde um diálogo aberto, confiar e não proibir são as palavras-chave. As primeiras experiências de namoro começam quando as transformações biológicas pelas quais o corpo passa despertam no jovem a curiosidade pelo outro. Um processo que leva os adolescentes a desejarem mais independência e mais distância emocional dos pais, e a focarem-se nas interações sociais, onde se desenvolvem os relacionamentos. Mas como podem ou devem os pais lidar com estes namoros de adolescência?
Ter um diálogo aberto. Quando encoraja conversas em família sobre sentimentos e emoções, promove uma maior compreensão e harmonia entre todos, dando abertura ao jovem para desabafar quando assim o entender.
Confiar. Estabeleça limites e aposte na confiança na relação entre pai/mãe e filho(a). Um namoro na adolescência pode gerar apreensão nos pais, mas tem de confiar na educação e nos valores que transmitiu.
Não proibir. Se abordar o assunto de forma dura e quiser impor regras restritivas, obterá a reação contrária à desejada e corre o risco de prejudicar o relacionamento com o adolescente.
Três dicas essenciais para dar liberdade e espaço ao/à filho(a) para lidar com o lado emocional. Contudo, isto não significa soltar as rédeas e permitir que façam o que quiserem, pois é possível dar liberdade e, ao mesmo tempo, impor regras e limites.
A psicóloga pede ainda atenção para a evolução da tecnologia digital, que trouxe novas formas de relacionamento. Como explica no livro “Vida a Dois”, publicado em 2020, “os encontros já não ocorrem à porta de casa”, o que torna difícil gerir os relacionamentos dos filhos no mundo digital. No entanto, a evolução não tem necessariamente de ter uma conotação pejorativa. “Tudo depende de como o processo é feito, do nível de consciência de cada pessoa ao entrar neste mundo [digital], das precauções adotadas por cada um e da dependência que é criada em relação a estes mecanismos de socialização”, explicou Catarina Lucas no livro.
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