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Roteiro de 3 dias pelo Ribatejo e Alentejo… Agora é que é um Descanso!

Neste outono/inverno, aproveite um fim de semana grande para partir à descoberta do Ribatejo e do Alentejo… vai ver que agora é que é um descanso, longe dos grandes aglomerados de gente, sem filas para visitar os monumentos ou marcar uma mesa num restaurante da região!



A Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo apresentou a mais recente campanha de promoção dos seus destinos. ‘Agora é que é um descanso’ convida os portugueses a explorarem todas as experiências que o Ribatejo e o Alentejo têm para oferecer durante o outono e inverno. Por isso, venha daí e saiba como pode descobrir esta região, por exemplo, num fim de semana prolongado.


“Com esta campanha pretendemos recordar que as duas regiões têm um enorme potencial

nesta época e que são destinos turísticos durante todo o ano. Com uma variedade de propostas de atividades, uma oferta enogastronómica única e a beleza das suas paisagens, tanto o Alentejo como o Ribatejo têm condições de excelência para receber quem pretende descobrir todas as suas potencialidades”, afirmou José Santos, presidente da Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo.


A riqueza patrimonial e cultural, as potencialidades da natureza para atividades aquáticas,

passeios pedestres ou de bicicleta e a oferta gastronómica de eleição aliam-se à autenticidade das gentes do Alentejo e Ribatejo na arte de bem receber.

O Presidente da Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo destaca ainda o investimento que tem sido realizado nos últimos anos no sentido de aumentar a oferta turística de cada uma das regiões: “Os vários operadores turísticos têm encontrado no Ribatejo e no Alentejo

características únicas que têm permitido aumentar a oferta turística nas regiões, quer em

termos de alojamento, quer em termos de propostas de atividades. Ainda temos caminho a

percorrer, mas estamos a trabalhar para dar continuidade à estruturação e promoção de novos produtos e novas ofertas”.




Restaurante panorâmico Terra Chã

Faça as malas e parta a caminho do Ribatejo, mas a pensar no melhor local para almoçar. Siga até Alcobertas, muito perto de Rio Maior, onde fica o restaurante panorâmico Terra Chã, com uma vista deslumbrante para a Serra dos Candeeiros, e degustar comida de conforto, tipicamente serrana, saborosa e feita com os melhores produtos locais, onde não faltam os vinhos da região do Tejo.

Depois de um belo repasto, e porque está perto, uma boa sugestão é conhecer as Salinas de Rio Maior.




Salinas de Rio Maior

Ficam situadas numa pequena aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, junto à qual se destacam uns tanques de formas e dimensões irregulares, que a partir da primavera se enchem de água salgada dando origem às brancas pirâmides de sal.A água salgada provém de uma extensa e profunda mina de sal-gema, que é atravessada por uma corrente subterrânea de água doce, que se torna depois salgada.

São as únicas salinas interiores em Portugal, ou seja, as únicas que não estão perto do mar. Classificadas como Imóvel de Interesse Público, desde dezembro de 1997, as referências das Salinas de Rio Maior remontam a 1177. Apesar de esta já ser uma data bastante antiga, estima-se que o aproveitamento do sal-gema já seria feito desde a Pré-História.A água desta nascente é sete vezes mais salgada que a água do mar, existindo mesmo a teoria que estas salinas tenham sido exploradas por Romanos e Árabes, aquando a sua ocupação na Península.

O sal proveniente destas salinas, não sendo um sal de origem marítima, é originário de uma água sete vezes mais salgada que a do mar. Aqui, o sal oscila entre 97% e 99% de cloreto de sódio, o que significa que se pode considerar um produto praticamente cristalino e puro.

Depois desta visita e de conhecer a Loja do Sal, é tempo de arranjar um local para descansar e pernoitar, antes de jantar. Um dos alojamentos mais bonitos desta região é o Wine Hotel que fica Quinta da Lapa, que tem mais de 300 anos.





Quinta da Lapa

Datada do séc. XVIII, está aberta ao público desde 2011, onde aposta numa oferta de enoturismo de nível superior. A partir das vastas dependências que circundam o pátio deste Wine Hotel foram criadas onze suítes, decoradas com um requinte quase espartano. Há espaços sociais comuns que estão totalmente ao dispor do hóspede. Um ambiente cativante e único, uma estrutura arquitetónica clássica, polvilhada de modernidade purista e de retoques excêntricos em que nada está ao acaso e onde tudo tem um sentido.Nas áreas sociais, amplas e acolhedoras, destacam-se preciosos apontamentos de decoração como os magníficos candeeiros de Murano, colecções de faianças e porcelanas ou peças Indo-Portuguesas. Na grande sala de jantar, junto à capela, podem os hóspedes partilhar uma farta mesa de pequeno-almoço com os excelentes produtos locais, os sumos e as frutas da época, o pão da região. Para jantar, que tal dar um salto até Santarém? https://quintadalapa-wines.com/wine-hotel/a-casa/




Taberna Ò Balcão

Para jantar nesta zona do Ribatejo sugerimos o restaurante do chef Rodrigo Castelo, que fica em Santarém, onde poderá ter uma experiência gastronómica única e elegante, onde o desfile de iguarias com influências muito portuguesas se apresenta em pratos bem confeccionados, surpreendentes e com criatividade, acompanhados pelos vinhos que são uma homenagem ao pai do chef Rodrigo Castelo. Um restaurante descontraído, intimista e despretensioso, com uma decoração onde sobressaem os azulejos verdes e os pratos antigos pendurados na parede, e que lembra as mercearias antigas. De referir que o Ò Balcão está na lista da Michelin Bib Gourmand. Uma verdadeira viagem à descoberta dos novos pratos e da gastronomia do Ribatejo. Assim sendo, é hora de ir até à Quinta da Lapa passar a noite porque o dia seguinte promete um passeio de barco divertido pelo rio Tejo.




Passeio de barco – Rio-A-Dentro

Depois de um delicioso pequeno-almoço na Quinta da Lapa, é altura de rumar até Salvaterra de Magos, mais precisamente Escaroupim, onde nos espera uma viagem de barco divertida e lúdica pelo rio Tejo, realizada pela empresa Rio-A-Dentro e pelo seu skipper Rui, que conhece o rio desde pequenino, um apaixonado por estas águas que adora conversar e partilhar todos os seus segredos e conhecimento. Um passeio mágico, com uma enorme diversidade de fauna e flora, e de uma beleza incomparável que muda e que se transforma a cada diferente hora do dia. Neste passeio descobrem-se paisagens e cores deslumbrantes, aves migratórias, aldeias piscatórias, cavalos em liberdade nas margens e ilhas do rio, entre muitas outras preciosidades. Depois de conhecer os recantos do Rio Tejo, é a altura ideal para almoçar no restaurante O Escaroupim que fica ali no cais de embarque.




Restaurante O Escaroupim

Fica na aldeia de Escaroupim, é uma casa de madeira, sala envidraçada e luminosa. A carta é baseada nos produtos das estações e naquilo que o rio dá. Por isso, o difícil será escolher. Ainda assim, pode sempre começar com umas tartinhas de caça e continuar com um arroz de bacalhau com farinheira. As enguias fritas ou em ensopado são duas especialidades da casa, bem como, na época, o sável e a lampreia. No tempo frio termine com um marmelo assado.



Adega Fita Preta

Depois de um delicioso almoço, está na hora de nos despedirmos do Ribatejo e de viajar até Évora, mas com uma paragem na adega Fita Preta para uma prova de vinhos simplesmente magnífica, conhecer as origens dos vinhos da região alentejana, visita a adega e uma explicação sobre a história e como António Maçanita recriou os vinhos do Alentejo na Fita Preta. Quando aqui entramos, ficamos com a sensação que estamos na Provença, pois aqui também existe um castelo medieval, mais conhecido por Palácio do Morgado da Oliveira que remonta a 1306 e que hoje acolhe o projeto de viticultura de António Maçanita. Entre visitas guiadas, provas de vinhos, organização de eventos ou beber uma taça de vinho no bar, são várias as experiências que o Fita Preta disponibiliza a todos aqueles que o queiram visitar. E a visita vale mesmo a pena, não só pelos vinhos de alta qualidade, mas também pelo local que é mágico!





Depois da experiência fantástica na Fita Preta, a viagem continua até Évora, mais precisamente ao The Noble House, onde se vai passar a noite, cujas origens remontam ao séc. XV, é um genuíno exemplar da pousada nobre alentejana. Localizado no coração histórico de Évora, a 2 minutos a pé da Sé Catedral e do Templo Romano, é um fantástico ponto de partida para descobrir Évora, património mundial da Humanidade e o Alentejo. As suas fundações assentam na "Cerca Velha", a primeira muralha da cidade e a sua história é rica e diversificada. Primitivamente, foi o Solar dos Condes da Lousã, mais tarde funcionou como escola e desde os anos 20 é uma unidade hoteleira, sendo a mais antiga da cidade.

Para se transformar agora no The Noble House, foi alvo de uma intervenção pelo Arq. Fernando Coelho, distinguido com vários prémios internacionais, tal como, Gold, Archithectural design / hospitality – 2016 American Architecture Prize.

Com 24 quartos, o The Noble House é um hotel ímpar, acolhedor, elegante e intimista, onde a modernidade e a tranquilidade se combinam com a história e a tradição alentejana




Restaurante A Cavalariça

Depois de chegarmos ao quarto do The Noble House para largarmos as malas e onde nos esperava uma garrafa de vinho alentejano e uma tábua de queijos e enchidos, estava na hora de seguirmos para o jantar no Restaurante A Cavalariça, que fica no Palácio dos Duques de Cadaval, mesmo em frente ao Templo de Diana. A pouco e pouco, foram chegando pratos para partilhar, com os produtos típicos da região, o que permitiu provar várias coisas da ementa. De destacar, os surpreendentes chocos com tinta que ficam mesmo na memória. Para não ir para a cama de barriga cheia, aconselha-se que faça uma caminhada em jeito de passeio pela cidade de Évora.



Ebora Megalithica: Anta Grande do Zambujeiro

Nos arredores de Évora, e pelo Alentejo Central, existem imensos monumentos megalíticos. Esta riqueza da pré-história no Alentejo é das mais importantes da Península Ibérica e mesmo da Europa. Por isso, faz sentido falar dum circuito megalítico em Évora e considerar a cidade como capital do megalitismo Ibérico. Só no distrito de Évora, são conhecidos mais de dez recintos megalíticos, mais de cem menires isolados, cerca de oitocentas antas e perto de quatrocentas e cinquenta povoações megalíticas. Para além destes, existem cerca de cem pedras com covinhas, cuja funcionalidade é ainda um mistério.

Fomos visitar a Anta Grande do Zambujeiro, um monumento megalítico com quase seis mil anos de existência. É um monumento funerário coletivo, onde existe um longo corredor que leva à câmara. Tudo era coberto pela mamoa, uma cobertura protetora da anta, normalmente de terra e pedras. Na Anta Grande do Zambujeiro ainda se pode ver parte da mamoa. Os esteios de granito, com cerca de seis metros de altura, fazem dela (provavelmente) a mais alta anta do mundo. É considerada património de interesse nacional.

A visita foi guiada pela arqueóloga Sira, que demonstrou toda a sua paixão e conhecimento sobre o tema, uma verdadeira contadora de histórias. Enquadrou toda a visita com o ecossistema local, fazendo-nos refletir e comparar o homem neolítico com o homem moderno.




Enoteca da Cartuxa

Depois de uma manhã histórica na Anta Grande do Zambujeiro, e antes da partida para Lisboa, seguimos para o merecido almoço na Enoteca da Cartuxa, que fica em pleno Centro Histórico de Évora, no edifício da Fundação Eugénio de Almeida. O Wine Bar, à entrada do restaurante, destaca-se pelas combinações de vários petiscos típicos com os vinhos produzidos pela Cartuxa. Um espaço de eleição para os apreciadores de vinho e de boa cozinha alentejana. No final, pode-se passar pela loja e comprar alguns produtos locais como, queijos, mel, enchidos, ervas de cheiro e, os vinhos produzidos na Adega Cartuxa e os azeites do Lagar Cartuxa.



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