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  • Foto do escritorCarlaRibeiro

Novos vinhos do Douro para beber sem complicações

Com origem e caráter do Douro, mas perfil easy drinking: Dandy de Cidrô branco e tinto é a grande novidade da Real Companhia Velha. São frescos, leves e aromaticamente muito finos.


Dandy de Cidrô branco e tinto

A Real Companhia Velha, a cumprir este ano 267 anos de atividade ininterrupta, continua com grande dinâmica e a fazer história nos vinhos do Douro.

Nas últimas quatro décadas, em muito contribuiu a visão assertiva do presidente Pedro Silva Reis e, mais recentemente, a garra, paixão e sentido de missão da terceira geração da família, encabeçada pelos seus filhos: Pedro, na enologia, e Tiago, na gestão.


Pedro O. Silva Reis, Jorge Moreira e Tiago Silva Reis

A mais recente aposta da Companhia, recentemente lançada no mercado, passou pela criação de vinhos DOC Douro com um perfil aromático, fresco, textura leve e suave, e baixo teor alcoólico. Idealizados por Pedro O. Silva Reis – ainda um jovem na enologia, mas com uma destacada cultura vínica –, assim nasceu a dupla Dandy de Cidrô, cuja produção esteve a seu cargo e do seu mentor Jorge Moreira, diretor de enologia da Real Companhia Velha.

Os Dandy de Cidrô branco e tinto são frescos, leves e aromaticamente muito finos. Fáceis de beber, sem formalidades e rodeios, a solo ou à mesa, são vinhos ao estilo de um Dandy, personagem de caráter cativante e encantador, divertido e com grande facilidade em agradar. Alinhado com o perfil dos vinhos está o seu P.V.P.R., na ordem dos €8,00.

“A ideia foi fazer vinhos frescos, leves e fáceis de beber. Notava que os nossos vinhos de gama média e de perfil clássico são aromáticos, bonitos, mas complexos e, quase sempre, com bastante estrutura e um tanino muito marcante – excelentes para acompanhar variadíssimas refeições. Mas via-me, muitas vezes, a beber vinho fora da refeição, em casa ou com clientes estrangeiros, e nessas ocasiões os vinhos que mais prazer nos davam eram os mais leves, menos concentrados e com menos álcool.”, afirma, entusiasmado, Pedro O. Silva Reis. “Num mundo onde (também) a cultura vínica está em constante mudança, o perfil dos vinhos de hoje tem tendência a trocar estrutura, álcool e componentes aromáticas da madeira por aromas varietais, elegância e frescura. Os Dandy encaixam-se num perfil de consumo fácil, mas sendo vinhos que retratam fielmente a expressão das castas e solos durienses.”, acrescenta.

O Dandy de Cidrô branco 2022 é produzido com Cerceal (20%), mas, maioritariamente, Samarrinho (80%) – uma das nossas castas mais emocionantes; quase em extinção, a Real Companhia Velha foi pioneira e teve um papel preponderante no seu resgate. Encontrámos nesta casta, frescura e tensão, aliados a delicadeza e a um perfil aromático original. Um branco de tonalidade amarelo palha, que prima pelo seu perfil aromático muito fresco, com notas de fruta branca e pedra moída, combinando com delicadas notas cítricas.

O Dandy de Cidrô tinto 2021 é produzido com três castas autóctones: Tinta Roriz (80%) e Tinta Francisca (12%), nas tintas, e a branca Viosinho (8%), conferindo exotismo e originalidade a este tinto. Optou-se por uma vindima antecipada, feita em meados de Agosto, a fim de se conseguir leveza, frescura de fruta e baixo teor alcoólico. Chama, de imediato, a atenção, por ser um tinto aberto de cor – granada e pouco densa –, num perfil invulgar. No nariz, salientam-se notas de cereja e framboesa madura, mas também flores brancas complexadas com nuances vegetais, que lhe conferem frescura. Na boca, somos surpreendidos pelo seu perfil vibrante e “divertido”, pela sua estrutura leve e por uma suavidade de boca quase aveludada. Isto, aliado ao baixo teor alcoólico, confere-lhe um cariz de easy-drinking.


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